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Relato do extremo Oriente – Chieko Aoki no Japão - Parte III
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Relato do extremo Oriente – Chieko Aoki no Japão - Parte III

O governo e a empresa de energia estão correndo contra o tempo para evitar catástrofe que, em caso de energia nuclear, não se pode descartar. Estando no Japão, a percepção é de que o progresso é gradual e positivo, que os riscos estão sendo controlados e que o país inteiro começa a enxergar uma luz de solução estável. Novas e pequenas melhorias nas usinas são anunciadas, paralelamente ao anúncio de radiação que, ao longo deste período, foi aos poucos atingindo algumas regiões e produtos.

Os aprendizados são diários e não me canso de me surpreender. Em locais com mais adultos e idosos, por exemplo, o exército está construindo ofurô (a banheira tradicional japonesa) para homens e mulheres, porque o costume a esta prática que é o que lhes dá maior conforto.

Passada a fase de distribuição maciça de produtos emergenciais como cobertor, combustível, roupas quentes, fraldas e principalmente água e comida, as necessidades mudam. Assim, cada um dos abrigos coleta de cada uma das vítimas o que mais precisam – de bebês a idosos – analisam e fazem lista única com cerca de 15 itens que são enviados para centrais de distribuição de doações. Ou seja, cada abrigo, dependendo da localização, próxima a algum centro fornecedor ou isolada de tudo, tem uma necessidade diferente. Há abrigo que precisa, por exemplo, de secador de cabelo, porque é frio e tomar banho e não secar o cabelo tem levado muitas mulheres a se resfriarem. E, pedem secador potente e com economizador de energia, para pode secar rápido para muita gente poder usar.

Chegam doações dos mais diversos tipos, de brinquedos a bolsinhas para maquiagem, acessórios, comida e bebida em vidros, louças etc. Cada caixa é separada minuciosamente pelos voluntários. Comida em vidro não pode ser enviada para evitar risco de quebra no transporte ou machucar nos abrigos ao quebrar ou com novo terremoto; ao invés de louças, somente descartáveis e plásticos para igualmente evitar acidentes; tênis são separados por tamanho e sexo e enviados de acordo com os pedidos para não inutilizar a boa-vontade dos doadores; como característica do povo japonês, não se dá roupas de baixo para outros; desta forma, sites e campanhas fazem pedidos para ficarem à vontade para enviar porque as vitimas estão precisando. Por outro lado, informam que cobertores e roupas de determinados tipos já foram coletados em número suficiente. Pedem para restringir brinquedos, mas precisam de produtos e objetos educativos para bebês e crianças que ficam escrevendo, desenhando, fazendo dobraduras e atividades afins.

As vítimas somente pegam doações que estão precisando mesmo porque, pela cultura japonesa, é de certa forma vergonhosa precisar de ajuda a ponto de receber objetos, assim como não há como guardar, cuidar ou mesmo usar. Por isso, as chamadas dos abrigos com lista das necessidades restringem-se a produtos de real necessidade.

Os produtos são classificados e colocados em caixas, algumas delas com desenho do tipo do produto para facilitar a identificação, assim como mensagens de incentivo e de conforto para alegrar quem vai receber. Ou seja, não se faz apenas o bem, mas de uma forma a exceder as expectativas.

O que tem ajudado muito é a experiência anterior, do terremoto de Kobe, de cerca de 16 anos atrás. Depois disso, ao longo dos anos, dados de pessoas que sofreram terremoto têm sido coletados. A experiência dá velocidade e foco no atendimento.

Por causa do grande potencial perigo da radiação nuclear, é preciso correr contra o tempo, inclusive para ajudar os desabrigados, os doentes e os agricultores e pescadores que tiveram seus produtos completamente inutilizados pelas radiações. Todos têm demonstrado que agora é hora de se concentrar, todos juntos, na recuperação e salto na economia e na força do povo japonês.

O corpo aguenta, mas o espírito precisa ser continuamente alimentado e, para isso, é fundamental para todos, principalmente as vítimas, ver velocidade nas ações de recuperação, para poderem começar a reconstrução de suas vidas com esperança e fé. O tempo é curto para cuidar do coração fragilizado das vítimas. Que Deus continue lhes passando força e também para as pessoas que estão ajudando, para que o espírito de solidariedade seja contínuo e fique para sempre, forte, nos japoneses e nas pessoas do mundo todo. A ajuda humanitária e técnica dos países e de pessoas de diferentes países ao redor do planeta tem tocado profundamente, com sentimento de gratidão, a todos os japoneses – vítimas ou não – que sentem concretamente que não estão sozinhos, que o mundo todo está sofrendo junto e caminhando com os japoneses para o fortalecimento da fé, da esperança e da vida dos japoneses e do Japão.


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